domingo, 5 de maio de 2013

Preparação do teste 5


Matéria que sai no teste:

Da p. 73 da parte 1 do Manual até à p. 20 da Parte 2.

Portugal no século XIII

A definição de fronteiras: o tratado de Alcanises.
As principais orientações da ação de D. Dinis: o repovoamento do território, o desenvolvimento da agricultura e a organização do território (criação de concelhos e feiras).

Os grupos sociais: Nobreza, Clero e Povo.
Os recursos e as atividades económicas.
A vida quotidiana nos Senhorios (nas terras senhoriais).
A vida quotidiana nos Mosteiros.
A vida quotidiana nos Concelhos.

Portugal no século XIV

Os maus anos agrícolas, as fomes e as epidemias.
A Peste Negra.
Os erros da governação de D. Fernando e a insatisfação do povo, do clero e da nobreza.
Um novo grupo social emerge: a Burguesia.

A crise de 1383-85
A crise dinástica: D. Fernando morre sem um herdeiro varão. O perigo de Portugal perder a independência.
A revolta do povo, o cerco de Lisboa e a aclamação do Mestre de Avis como defensor do reino.
As Cortes de Coimbra e a aclamação de D. João I como rei de Portugal.
A Batalha de Aljubarrota.

O reinado de D. João I: uma reorganização profunda da sociedade portuguesa.
A promoção social da Burguesia e a renovação da Nobreza (os Burgueses mais importantes na luta contra a invasão castelhana foram nobilitados).
A necessidade de expansão económica e territorial perante o poder de Castela na Península Ibérica.
A conquista de Ceuta e o início da Expansão Ultramarina.
As razões da Expansão.

_____________________________

As principais datas:

Tratado de Alcanices -  12 de setembro de 1297.
Peste Negra - entrou em Portugal no outono de 1348 e matou entre 1 terço e metade da população.
Morte de D. Fernando - 22 de outubro de 1383.
Nomeação do Mestre de Avis como Regedor e Defensor do reino - 1383.
Aclamação de D. João I como rei de Portugal (pelas Cortes de Coimbra) - abril de 1385.
Batalha de Aljubarrota - 14 de agosto de 1385.
Conquista de Ceuta - 22 de agosto de 1415.

_____________________________

Algumas questões para pensares sobre este período histórico:

1. Nos séculos XIII e XIV vivia-se melhor do que nos nossos dias? Porquê?
    Pista de resposta: basta olhar para a Peste Negra e comparar a medicina daquele tempo com a medicina atual para vernos que as condições de vida eram muito piores naquela época. na verdade não há comparação possível, as pessoas viviam muito menos tempo e tinham uma péssima qualidade de vida, principalmente as que pertenciam ao povo.

2. Se tivesses vivido no século XIII a que grupo social gostarias de pertencer? Porquê?

3. Gostavas que ainda hoje Portugal tivesse um Rei? Porquê?

4. Gostavas que Portugal hoje fizesse parte de Espanha? Porquê?

5. A conquista de Ceuta foi um êxito? D. João I conseguiu o que queria quando decidiu conquistar Ceuta? porquê?
---------------------------------------------





segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A Presença Árabe em Portugal





A da península Ibérica, correspondente ao futuro território de Portugal e Espanha, foi conquistada pelos árabes entre os anos de 711 — com a vitória na batalha de Guadalete sobre o exército dos visigodos — e 716. Os invasores chamaram ao território por si conquistado al-Andalus (que significa “o Paraíso”).

A dominação islâmica não teve a mesma duração, nem as mesmas repercussões, em todas as zonas do território que hoje pertence a Portugal. Foi fraca nas Beiras, bem como a norte do rio Douro, principalmente na região onde viria a constituir-se o Condado Portucalense.

O pequeno reino cristão das Astúrias conseguiu, em 754, expulsar definitivamente os muçulmanos para o sul do Douro. De facto, foi no sul de Portugal que a presença árabe deixou marcas profundas, comparáveis à contribuição da presença romana na estrutura do que, mais tarde, seria Portugal.

Na Estremadura desenvolveram-se os centros urbanos de al-Usbuna (Lisboa) e Santarin (Santarém). No Baixo Alentejo, as cidades de Baja (Beja) e Martula (Mértola) e, no Algarve — onde a presença muçulmana se manteve por seis séculos — surgiram Silb (Silves) e Santa Mariya al-Harum (Faro).

Os árabes — designação genérica de um conjunto de populações berberes, sírias, egípcias e outras — substituíram os antigos senhores visigodos. Mostraram-se, em geral, tolerantes com os usos e costumes locais, admitindo as práticas religiosas das populações submetidas e criando condições para os frutíferos contactos económicos e culturais que se estabeleceram entre cristãos e muçulmanos.

Os vestígios materiais da longa permanência muçulmana ficam aquém das expectativas, principalmente porque a política cristã de reconquista foi a de "terra arrasada". Cada localidade retomada aos árabes era destruída e os objetos e construções queimados em fogueiras que ardiam durante dias. Mas restaram alguns elementos que atestam este período da vida portuguesa, principalmente nas muralhas e castelos, bem como no traçado de ruelas e becos de algumas cidades do sul do país. Não restaram grandes monumentos, facto que se explica pela situação periférica do território português em relação aos grandes centros culturais islâmicos do sul da península.

A igreja matriz de Mértola é a única estrutura em que se reconhecem os traços de uma mesquita. São testemunhos da ascendência árabe os terraços das casas algarvias, as artes decorativas, os azulejos, os ferros forjados e os objetos de luxo: tapetes, trabalhos de couro e em metal.

Com a tradução de inúmeras obras científicas, desenvolveram-se a química, a medicina e a matemática, sendo de origem árabe o sistema de numeração ocidental.

A influência árabe foi particularmente importante na vida rural, sendo determinante o desenvolvimento de técnicas de regadio a partir de usos peninsulares e romanos. Através da introdução de novas plantas — o limoeiro, a laranjeira azeda, a amendoeira, provavelmente o arroz, e do desenvolvimento da cultura da oliveira, da alfarrobeira e da plantação de grandes pomares (são famosos os figos e uvas do Algarve e as maçãs de Sintra) reforçaram a vocação agrícola da região mediterrânea.

A ocupação islâmica não provocou alterações na estrutura linguística que se manteve latina, mas contribuiu com mais de 600 palavras, sobretudo substantivos referentes a vestuário, mobiliário, agricultura, instrumentos científicos e utensílios diversos.

A ocupação islâmica do território de Portugal terminou em 1249, quando o rei Afonso III conquistou todo o Algarve.

Os numerosos descendentes dos árabes que, após a Reconquista, permaneceram em Portugal, viviam nas mourarias, arrabaldes semi-rurais junto dos muros das cidades e vilas, das quais se conserva a memória, nos nomes e nas plantas de mais de vinte localidades, como Lisboa e muitas outras ao sul do Tejo.

A Reconquista da Península Ibérica


Reconquista é o nome dado ao processo de reocupação por parte dos cristãos da Península Ibérica, que ficou muitos séculos sob ocupação muçulmana.

A chamada Reconquista dos territórios da Península Ibérica ocupados pelos muçulmanos estendeu-se desde o século VIII até o XV. 
Iniciou-se no século VIII, no reino de Astúrias. 
Com o avanço da Reconquista, surgiram novos reinos: Navarra, Castela, Aragão e Leão. 
Portugal nasceu após a separação do Condado Portucalense do reino de Leão.
A união dos demais reinos gerou a Espanha, em 1469, após o casamento entre o herdeiro de Aragão, Fernando, e Isabel, de Castela — os Reis Católicos. 
A reconquista concluiu-se em 1492, com a expulsão dos muçulmanos da região de Granada.

As diversas fases da Reconquista:


Cronologia da reconquista cristã da Península Ibérica (790 - 900 - 1150 - 1300). A verde, os territórios sob domínio muçulmano, a amarelo a formação do território português, outros tons para os reinos cristãos da Península (Leão, Aragão, Castela, Navarra).



A revolta de Pelágio e o início da Reconquista

Após a ocupação da península Ibérica pelos Muçulmanos, Dom Pelágio, juntamente com outros nobres Visigodos foram presos em (716), por ordem de Munuza, o governador muçulmano das Astúrias, e enviados para a sede do reino em Córdova.
Pelágio conseguiu fugir, voltou para as Astúrias e refugiou-se nas montanhas de Cangas de Onis. Em 718, reuniu um grupo de seguidores e iniciou a resistência aos Árabes, inicialmente com pequenas escaramuças contra os destacamentos nas vilas.
Em 722, o governador (wali) Ambasa enviou um grande contingente militar contra os resistentes cantábricos. Apesar do contingente numericamente muito inferior, Pelágio venceu nas montanhas de Covadonga. Ao final da batalha sobreviveram apenas 10 soldados. Esta batalha foi considerada como o ponto de partida da reconquista cristã.
Após essa vitória, o povo asturiano  rebelou-se e matou centenas de Mouros. O governador provincial, Munuza, organizou outra força para confrontar o exército rebelde. Próximo de Proaza Pelágio venceu novamente e Munuza morreu. Pelágio foi aclamado rei e fundou o Reino das Astúrias, embrião dos outros reinos cristãos ibéricos responsáveis pela reconquista da península. Pelágio então instalou a sua corte em Cangas de Onís.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

TPC p.29 - 49 do Manual

Manual, p. 29.

__________________Respostas:
1. Península Itálica.
2. Os Romanos dominavam por completo a navegação no Mediterrâneo, razão pela qual lhe chamaram 'Mare Nostrum', 'O Nosso Mar'.
3. Tinham decidido entregar-se e pedir a paz.
4. Viriato dividiu a tropa em vários grupos e atacou em várias frentes.
5. Conseguiu arrastar o exército romano para um desfiladeiro.
6. Conseguiu derrotar, quase sempre, os exércitos romanos.
7. Ele tornou-se herói pela coragem e astúcia (inteligência) que revelou nos combates.


Manual, p. 41.

__________________

Respostas:

1. Vinho e azeite.

2. Maternidade. Outras palavras: agricultura; nocturno; paternidade.
3. Porque as estradas serviam para facilitar a circulação das tropas, o comércio e as comunicações.
4. Braga: Bracara; Lisboa: Olisipo; Évora: Ebora.

Manual, p. 43. (Estas atividades não faziam parte do tpc).
________________________
Respostas:
1. Templo: culto aos deuses; Aqueduto: trazia água para as cidades; Teatro: encenavam-se espectáculos; Termas: cuidava-se do corpo e convivia-se; Praça Pública (Fórum): conversava-se e negociava-se.
2. Os romanos tinham hábitos de higiene, por isso precisavam de muita água.
3. As cidades romanas eram muito evoluídas porque tinham um conjunto sofisticado de infraestruturas: esgotos, aquedutos, teatros, .
4. Nas termas romanas havia banhos quentes, frios e de vapor.
5. Nas termas, além de tomar banho, as pessoas podiam passear, praticar desporto e conversar (conviver).
6. "Mas o maior prazer era encontrar pessoas."

Manual, p. 44.


Manual, p. 44.



Manual, p. 45.

___________________


Respostas:
1. O chão está revestido de mosaicos.
2. As colunas são feitas de tijolos.
3.O jardim interior, com um tanque e repuxos.
4. Jesus está a pregar o amor ao próximo e a igualdade entre todos os homens.
5. Porque punha em causa as bases da sociedade romana, assente na desigualdade:

  • Os Patrícios eram considerados superiores aos plebeus e aos escravos;
  • O Imperador era venerado como um deus vivo, o que era rejeitado pelo Cristianismo que considerava que só há um Deus.
6. Porque Jesus  foi morto numa cruz.





Manual, p. 47.

___________________
Respostas:
1. O nascimento de Cristo.
2.1300 - sec. XIV; 1910 - sec. XX; 711 - VIII; 1147 - sec. XII..
3. Visigodos.
4. Século V.


1.1. Um Imperador.
1.2. Por todas as terras à volta do Mediterrâneo.
1.3. Porque dominaram muitos povos e uma grande extensão de território.
1.4. O exército romano conquistava os territórios e, depois, dominavam as suas populações.

2.1. 200 anos.
2.2. Os Lusitanos queriam manter os seus hábitos e costumes, não queriam pagar impostos nem sujeitar-se às leis romanas.

3.1. Quem mudou foram os habitantes da Península Ibérica. O que mudou: os hábitos, a língua (progressivamente as pessoas passaram a falar o Latim), as técnicas de construção e a religião.
3.2. Mais de 600 anos.


Foram construídas muralhas, fóruns, casas que usavam mosaicos, telhas e tijolos, teatros e circos (como o que existe nas ruínas de Miróbriga), aquedutos e termas.



6.1. O Cristianismo.
6.2. 2013, aproximadamente.
6.3. Jesus Cristo pregou o amor ao próximo e a igualdade de todos os homens.
6.4. Nos Evangelhos.


7.1. a) A - 400.
b) B - 1000.
c) C - 1201; D - 1300.
d) E - XV; F - 1500.

7.2. A - I.
B - XII.
C - XXI.



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Os Muçulmanos na Península Ibérica

Os Visigodos na Península Ibérica

Visigodos significa Godos do Ocidente.
Os Godos, povo germânico saído da Escandinávia no século I, constituíram no século III um grande estado na Europa Oriental, entre os rios Don e Danúbio.
A chegada dos Hunos (375), vindos da Ásia Central iria dividi-los definitivamente em dois grupos:
  • Ostrogodos (Godos do Oriente) entre o Don e o Dniepre,
  • e Visigodos (Godos do Ocidente) entre os rios Dniepre e Danúbio.
Com Alarico I (370-410), os Visigodos passaram para a Itália e, dali, com Ataúlfo, para a Hispânia (411).
Domínio sobre a Península Ibérica
Nos princípios do século V (409-411), aproveitando o vácuo de poder gerado pela decadência do Imperio Romano, os povos germânicos Vândalos e Suevos penetram na Península Ibérica e aí implantam reinos de curta duração. 
Até conquistarem o domínio total sobre toda a Península Ibérica, os Visigodos tiveram pois que enfrentar Suevos, Alanos e Vândalos, povos guerreiros germânicos que haviam ocupado a região desde antes da sua chegada.
A unidade do reino teria sido completa já durante o reinado de Leovigildo, mas ficou comprometida pela questão religiosa: os Visigodos professavam o Arianismo e os Hispano-romanos eram Cristãos.
O Reino dos Visigodos, apoiado por Teodorico e Eurico, alcançou o apogeu com Leovigildo, cujos filhos, Hermenegildo e Recaredo, se converteram-se ao Cristianismo.
Mas a fusão com os Hispano-romanos resolveu-se em 589, ano em que o rei Recaredo I proclamou o Cristianismo religião oficial da Hispânia visigótica.
A conversão de Recaredo, no IIIº Concílio de Toledo, em 589, marca o início de uma estreita aliança entre a monarquia visigoda e a Igreja cristã ibérica, desenvolvida ao longo do século VII.
As lutas internas levaram a que o seu último rei, Rodrigo, fosse derrotado pelos Muçulmanos na batalha de Guadalete (711). Assim, a monarquia visigoda foi destruída pela invasão muçulmana procedente do Norte de África, que substituiria o Reino Visigodo pelo Al-Andaluz (nome que em Árabe significa "paraíso" e que servia para designar o território da Península Ibérica).
Herança visigoda
Os visigodos caracterizaram-se pela imensa influência que receberam da cultura e da mentalidade política romana, e criaram formas artísticas originais, como o arco de ferradura e a planta em forma de cruz das igrejas, e realizaram um importante trabalho de compilação cultural e jurídica.
A arte visigótica que chegou aos nossos dias é constituída principalmente por arquitectura (p. ex. São Frutuoso de Montélios), escultura subjacente à arquitectura (frisos, capitéis) e ourivesaria (p. ex. os tesouros de Guarrazar e Torredonjimeno, em Espanha).
Figuras como Isidoro de Sevilha, ou obras jurídicas como o Código de Eurico, a Lex romana visigothorum e o Liber judiciorum, código visigótico que forneceu as bases da estrutura jurídica medieval na Península Ibérica, expressam o desenvolvimento cultural que o reino visigodo alcançou.
Presença dos Visigodos na Península Ibérica: 300 anos - de 411 até 711.

Os Bárbaros e o fim do Império Romano do Ocidente

A Romanização da Península Ibérica

O Cristianismo

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os Romanos: Jogos e atividades





Conquista Romana da Península Ibérica (Palavras Cruzadas) 
Com esta actividade poderás ficar a conhecer melhor os romanos e o seu Império, bem como a resistência que os povos peninsulares ofereceram aos seus exércitos.


O Império Romano (Pintar) 
Realiza esta actividade para aprenderes a localizar o Império Romano.

A Casa Romana (Faz a correspondência) 
Realiza esta actividade para ficares a conhecer uma casa romana. 

A Romanização (Sopa de Letras) 
Realiza esta actividade para conheceres alguns aspectos da Romanização da Península Ibérica.

Numeração Romana (Qual delas?)
 Aqui está um jogo para «especialistas» em numeração romana. DIVERTE-TE!

Numeração romana (Faz a correspondência) 
Aqui está um soldado romano bastante confuso. Ajuda-o e estabelece a correspondência entre os algarismos e os números romanos. BOM TRABALHO!

Numeração Romana (Encaixe) 
A que século pertencem os anos que te vou mostar? BOM TRABALHO!


Fonte: http://www.ribatejo.com/hp/

Pax Romana

O Império Romano

Os Romanos na Península Ibérica

Contacto com os povos do Mediterrâneo



 
O Mar Mediterrâneo era uma boa via de comunicação marítima e as regiões à voltas desse mar eram muito povoadas devidos às suas boas condições climáticas, entre esses povos podemos encontrar os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses
Entre o séc. X a.c. e o séc. III a.c. estes povos contactaram com os povos peninsulares, pois vinham à procura dos minérios, do azeite, do vinho e em troca deixavam cerâmica e vidro, tecidos, perfumes e marfins. Esta troca de culturas entre os povos deixou na Península Ibérica objectos, moedas e o alfabeto fenício.

Alfabeto Fenício

Os Fenícios vindos do Mediterrânio, dedicavam-se ao comércio. Vieram em busca das riquezas existentes na Penísula Ibérica, tais como o ouro, o ferro e a prata.

Eram bons navegadores e possuiam barcos poderosos para o comércio marítimo.
Os Fenícios trouxeram o alfabeto, os Gregos o uso da moeda e os Cartagineses a conservação dos alimentos através do sal.



O Iberos, os Celtas e os Celtiberos


Península Ibérica - Iberos e Celtas
Informação retirada do livro HGP - 5.º Ano, Texto Editores

Como tens vindo a estudar, a Península Ibérica foi habitada desde tempos muito recuados. Vários povos, originários de outras regiões, aí chegaram e provocaram alterações no modo de viver dos seus habitantes. Entre eles podemos destacar dois grandes grupos: os Iberos e os Celtas.

Os Iberos, vindos provavelmente do Norte de África, fixaram-se a Sul e a Oriente. Eram morenos e de estatura média. Conheciam a agricultura e a pastorícia. Sabiam trabalhar o cobre e o bronze (liga feita de cobre e estanho). Os Iberos enterravam os seus mortos, em locais sagrados marcados por construções megalíticas.

Os Celtas, provenientes da Europa Central, chegaram depois dos Iberos. Fixaram-se no Noroeste, na zona costeira atlântica. Eram altos, louros e de pele clara. Já trabalhavam o ferro, o que lhes permitia possuir armas e instrumentos agrícolas mais fortes e duradouros do que os dos Iberos. Os celtas queimavam os mortos e depositavam as cinzas em urnas funerárias.

Povos aguerridos, instalaram-se no alto dos montes para melhor organizar a sua defesa.

A pouco e pouco, os Celtas foram-se misturando com os Iberos, dando origem aos Celtiberos. Organizaram-se em tribos (grandes grupos de famílias) que se guerreavam frequentemente.

Uma dessas tribos, a dos Lusitanos, habitava a região entre o rio Douro e o rio Tejo (a Lusitânia). Vivia também no alto dos montes, em castros, dedicando-se à agricultura, à pastorícia e à pilhagem das tribos inimigas.

Não se sabe se já conheciam a escrita. Da sua língua não restam vestígios no português actual, a não ser alguns nomes de terras.




Atividade:

Os Iberos e os Celtas
______________________________________________________________________________


VIRIATO - OS LUSITANOS

Numa parte do território que hoje é Portugal, existiu, há cerca de 2000 anos, a Lusitânia habitada por um povo de pastores e guerreiros valorosos. Viviam no cimo dos montes, em povoações defendidas por grossas muralhas. As casas eram pequenas, térreas, geralmente redondas, e cobertas de colmo.
Os Lusitanos eram essencialmente pastores. No entanto, cultivavam as terras, trabalhavam metais, faziam alguns tecidos grosseiros de linho e lã e curtiam peles. Eram fortes e ágeis. Praticavam a caça e a guerra. Combatiam a pé ou montados em pequenos cavalos, usavam punhal, espada curta ou lança comprida, defendendo-se com um escudo de couro redondo e pequeno.
Guerreiros destemidos, os nossos antepassados Lusitanos mostram bem que já tinham desenvolvido o amor á terra onde nasceram.
Os Romanos (outro povo da mesma época, mas muito mais desenvolvido) dominavam nesse tempo grande parte do Mundo. Ao chegarem à Lusitânia, encontraram forte resistência e viram-se obrigados a fazer promessas de paz. Os Lusitanos, iludidos na sua boa fé, espalham-se pelas suas terras, desarmados e confiantes. Então, os soldados romanos, mal os apanham desprevenidos, caem sobre eles e fazem uma terrível mortandade. Poucos escapam, mas desses poucos fica Viriato que começa a organizar exércitos para a luta. Emprega pela primeira vez as emboscadas: um grupo atrai a atenção do inimigo que depois é apanhado de surpresa, num sítio donde julgava impossível o ataque. Só assim um punhado de homens pôde vencer exércitos bem treinados e bem armados. Tão bom resultado deu esta táctica que Viriato com os seus homens derrotou os melhores generais romanos, o último dos quais aconselhou o seu governo a fazer a paz.
Foi então que recorrendo à malvadez e à astucia, os Romanos conseguiram que dois soldados de Viriato, dois traidores, assassinassem o seu chefe, enquanto dormia.
Assim acaba o herói que todos admiravam. Morreu, mas os que ficaram foram dignos herdeiros da sua coragem e do seu amor à terra em que nascera.

Para saber mais:


  • Já deves ter ouvido muitas vezes falar nos portugueses como "lusitanos", mas de onde vem esta expressão?
  • Um pouco antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, chegou um conjunto de povos de origem celta vindo da Europa Central, ocupando o território entre os rios Douro e Tejo.
  • Pensa-se que os lusitanos terão sido uma mistura de povos de várias origens e foram o povo que mais lutou contra a invasão das tropas romanas.
  •  Contam-se histórias de duros combates entre os romanos e os lusitanos entre os anos de 193 e 45 a.C.
  • Enquanto os romanos tinham o hábito de fazer grandes batalhas, os lusitanos organizavam-se de outra forma, atacando quando os inimigos menos esperavam, numa técnica parecida com a actual guerrilha: surtidas e ataques surpresa.
  • Usavam armas ofensivas (punhais, espadas dardos e lanças) e defensivas (pequenos escudos redondos, apresentando uma concavidade central, de modo a interceptarem as setas).
  •  O corpo era protegido de forma rudimentar, com uma couraça de linho espesso, e usavam capacetes metálicos ou de couro, como os povos do centro da Europa.
  • Sabias que o famoso herói Viriato era lusitano? Viriato era o líder dos Lusitanos na resistência aos Romanos. Pensa-se que foi assassinado à traição em 139 a.C.
  • O seu maior impacto fez-se sentir particularmente a partir de 147 a.C., depois de ter sido aceite uma proposta de paz com os romanos.
  • Consta que, estando os lusitanos desarmados, o pretor (um magistrado romano) Sérvio Galba terá mandado assassinar 9000 homens e vendido cerca de 20 000 na Gália, como escravos.
  • Cada vez mais sozinhos na sua luta, os lusitanos foram finalmente integrados na administração romana em 25 a.C.
  •  Antes da chegada dos romanos, a cultura lusitana incluía uma arquitectura de pedra, com grupos de habitações em forma de círculo, com muros a constituírem castros (ou citânias).
  • Normalmente localizavam as suas aldeias em zonas de difícil acesso e defendidas por muralhas.
  • Praticavam uma agricultura rudimentar, completada com caça, pesca e pastorícia. Mesmo assim, sabias que ainda exerciam algum comércio?
  • Fazia parte dos seus hábitos a prática de uma religião panteísta, marcada por divindades ligadas à terra ou à fecundidade.
  •  Em relação à arte (particularmente em objectos utilitários ou de adorno), é de salientar a ourivesaria. Eram muito desenvolvidos nesta área devido à riqueza em ouro das regiões que ocupavam.
  • Foram encontradas muitas peças desta época, de grande originalidade decorativa, com técnicas de granulado, estampilhado e filigrana, entre outras.

História de Portugal - Episode "Viriato" from grifu on Vimeo.